segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Artes com a Valentina



Valentina, 4 anos, e muita energia pra pintar, contar histórias - que quase sempre começam com "Era um vez..." e terminam com "e viveram felizes para sempre" - , desenhar, inventar. Muito amor, sempre! 















quarta-feira, 24 de abril de 2013

Das Valentinices

No dia 22 a escolinha da Valentina começou a trabalhar com o projeto "Faz muito tempo..." - sobre o 'descobrimento' do Brasil. Ontem ela chegou em casa falando sobre o assunto: "Sabia mamãe que vieram os portugueses? Eles vieram e daí eles mataram os índios... É muito, muito feio matar os amigos né mamãe?"

Das grandes vantagens de ter uma professora de história trabalhando na Educação Infantil. Dá uma esperança de que sejam melhores os dias que virão - que nossos pequenos cresçam assim, e se tornem adultos mais conscientes e capazes de construir um mundo melhor.

Mas, pra lembrar que no mundo dos pequenos as coisas são sempre mais interessantes, a Vale continuou: "Mas o Felipe disse que aqueles moços que estavam assim (fez um gesto apontando o indicador a frente) não eram os portugueses, ele disse que eles eram os piratas!"    =)

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Na volta da escola, Valentina me olha e diz: "Vamos cantar uma música bem alto pra nossa casa ouvir?? Mas tem que ser 5 músicas!" Veio cantando bem faceira e gritando: casinha, eu tô chegando! Casinha eu te amo, casinha! Eu me lembro daquela música que diz "O sistema é maus, mas minha turma é legal". Nenhuma criança de 03 anos deveria ter que ficar longe de casa 08, 09, 10 horas por dia. Esse cotidiano da contemporaneidade é desumano. C'est la vie, c'est la vie. Fato é que a Valentina bem que puxou a mãe: Homo Caseirus.


terça-feira, 19 de março de 2013

[L'art pour l'art]

Tem aquela frase da Lispector que eu adoro: "O inferno é o meu máximo". Pois, sempre acontecem coisas extremamente interessantes durante o meu inferno astral. É um período que tem um quê de tensão, mas também é permeado por levezas, risos fáceis, felicidade bruta em existir. A Graziele Schweig me disse que eu adoro adjetivos. Ontem teve show do Filipe Catto em Porto Alegre. E pra esse show os adjetivos são impreterívelmente os de mais fino corte [no melhor estilo 'baby suporte']

É quase inacreditável a voz, a interpretação, a composição. É um frisson, passion, tragédia, agonia, sofreguidão. Uma elegância com toques de decadência - aqueles ares démodés de blues arrastados, whiskeys, madrugadas, insônias. Pulsar de sangue nas veias, palavras que se encontram como se conhecessem desde sempre [uma fluência perfeita de poesia], um sentir profundo da existência que poucas pessoas conseguem traduzir em gestos ou canções. O que mais me choca é o ineditísmo, a atualidade, a versatilidade [que vai do samba, ao rock, ao blues, a MPB e mais], e aquele "algo mais", aquela especificidade, que não sei o que é nem de onde vem e o que define, mas que faz ter certeza de que o que presenciamos se chama "Arte". Lindo, denso, bruto e verdadeiro.

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Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fugaz que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi

Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir

Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu

(Saga)


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Sem mais.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013