sábado, 13 de maio de 2017

Dias das mães Nº VII - ou nº II, I'm not so sure, whatever. It's never easy :P

Eis que faz sete anos, eu me encaixo nessa linda, complicada e instigante categoria de mãe.
Eu tento me lembrar de tudo que eu vivi com a Vale, todos os pequenos e lindos momentos, onde ela crescia e se desenvolvia, essa menina querida, cheia de empatia, clever. A Valentina É, e sempre foi, fora do normal. Pode ser clichê de mãezinha orgulhosa da cria, mas ela É. Desde bebê. A Valentina sempre Foi. Essa coisa de Ser, com letra maiúscula. Uma ferocidade doce, uma inquietação. Uma personalidade que se sabia Indivíduo. E, apesar disso, uma calma. Até hoje. Valentina, 2º Ano do ensino fundamental, e não gosta muito do recreio não. Gente correndo pra lá e pra cá, pra quê? Valentina é reflexiva. Valentina pergunta, Valentina explica, Valentina pesquisa. Do alto dos seus 07 anos, sabe mais que muito barbado por aí. Tem senso crítico aguçadíssimo, pois que questionou em casa a professora que no dia do índio perguntou porque não havia um dia do branco. "Eu não achei isso que ela falou certo, né mãe?". É claro que eu tenho um orgulho estrondoso. A Valentina é minha companheira de jornada. Eu não existo sem ela. E, embora ela siga crescendo lindamente, mesmo que obviamente mantendo os ares de donzela dramática e temperamental vezqueooutra, ultimamente eu me peguei pensando: o que eu não daria por um dia a mais com a minha Vale bebê, com aquela vozinha meio fanha e amorosa. Saudade é mesmo uma palavra muito grande e enigmática.
E daí, faz um ano e alguma coisa atrás, chegou aqui nesse mundão locão de Diós o pequeno Martín. Não só Martín, mas Martín Ernesto. Sim, nós - eu e o meu marido-amigo-companheiro-que-me-compra-até-pó-na-Panvel Rafael, decidimos por marcar deliberadamente a nossa postura, se não tanto-sempre prática ao menos ideológica, no nome do Martín. Ernesto. Para quem não sabe, Ernesto como el Che. Porque, de alguma forma, é isso que esperamos dos nossos filhos: que eles se sintam indignados frente as injustiças. Que eles ajudem a construir um mundo melhor. Que eles sejam fortes, com ternura. E então, o Martín. Quando a gente acha que tudo tá assim, arrumadinho, vem o Martín. Esse serzinho conjugado no verbo Estar. Martín tem uma pulsão forte de vida. Mas, diferente da Valentina, ele não é dado a pulsões reflexivas. Martín é o cara que faz. Martín é o cara que coloca abaixo minha coleção de cd's do Chico Buarque e.... Vocês sabem porque os bebês são tão fofos, afinal? Pra que quando eles coloquem nossa coleção do Chico comprada semanalmente a duras penas no chão, a gente olhe pra eles, e continue vendo apenas aquela fofura-dos-dias-sem-fim. Que dá uma vontade de apertar como se não houvesse amanhã. So. Todos dizem que um filho não é igual ao outro. E eu testemunho, aqui do meu mundinho particular, que essa é uma das grandes verdades do senso comum. Eu tenho uma filha que é Ser. Eu tenho um filho que é Estar. E eu não entendo deveras como o inglês consegue condensar esse verbo em um só. Pois que aí reside a diferença sublime e apoteótica de cada um dos meus pequenos grandes indivíduos, que me deram essa honra de acompanhar seus dias. Essa tarefa da maternagem é a mais sublime. Queria eu ter mais tempo - pois o tempo nos corre pelas mãos - para fazer de cada momento mais especial, mais grave, mais ser/estar. Às vezes, muitas tristes vezes, o cotidiano nos engole. Mas, é assim. Meus filhos: NO PASARÁN.  Não importa o quanto o tempo nos tente fugir. Nós iremos vencer. Pra além de tudo e todos, e os golpes, e os injustos julgamentos da História: nós seremos maiores. A nossa revolução é silenciosa.
I love you so much guys! Eu amo o Ser. Eu amo meu pequeno caótico Estar. You rock my world. É claro que como toda mãe normal, às vezes eu penso em um exílio na Sibéria. Mas, meus queridos, vida não seria Vida sem vocês.

Dia 14 de maio de 2017, uma mãe feliz e atordoada em meio ao louco correr do tempo, e seus filhos causando entre Ser/Estar. Valentina (s) e Martín (porque nesse meio tem uma Valentina 'pequena' que é sim também minha filha, e é uma tranquilidade, uma sublimação, na sua tentativa de Ser pra além das forças todas na sua volta. Talvez seja a mais guerreira de todas, no meio dessa confusão <3 p="">
Babies. I LOVE THE THREE OF YOU, SOOO MUCH <3 p="">
E ouço aqui o John cantar, esim, eu ainda -gracias a Diós, me emociono:

https://www.youtube.com/watch?v=sPYsMM1FvXs&list=RDsPYsMM1FvXs#t=5


Feliz dia das mães, muchachas!

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